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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

ver - JULGAR/ILUMINAR - agir


A segunda fase do método catequético é o JULGAR/ILUMINAR. Na verdade, os dois verbos se completam no fazer catequético e seus significados devem ser observados com carinho para que possamos entender o que a Igreja nos pede neste ponto da metodologia. Julgar, no dizer do dicionário de português online, é pensar, supor, avaliar, emitir opinião, formular um juízo, reputar, considerar. Por outro lado, iluminar é esclarecer, ilustrar, ensinar, civilizar, adornar, realçar.
 
Assim, depois de acolher a realidade dos catequizandos e do mundo, no momento do VER (clique aqui), cabe ao catequista auxiliar as crianças, os jovens e os adultos a pensarem, avaliarem e considerarem a situação apresentada sob a ótica do Criador. Em verdade, neste momento, deve-se esclarecer, ilustrar, realçar o querer Divino para o assunto que se está discutindo.

 O JULGAR é, portanto, o momento de perguntar: o que Deus quer de nós enquanto comunidade e enquanto indivíduos? Qual a resposta que Ele nos aponta para o tema que estamos cuidando no dia de hoje? 

E, imediatamente, devemos ILUMINAR nossos questionamentos com as respostas que o Senhor nos aponta. 

Aliás, o Diretório Nacional de Catequese afirma que:

159. ILUMINAR é o momento de escutar a Palavra de Deus. Implica a reflexão e o estudo que iluminam a realidade, questionando-a pessoal e comunitariamente. Para acolher a realidade, como cristãos, é necessária a conversão contínua na busca da vontade do Pai. Com abertura à presença do Espírito Santo, na escuta orante da Palavra de Deus, com atitude contemplativa e fidelidade à mesma Palavra, à Tradição e ao Magistério, o catequista cresce na capacidade de questionar a realidade.

Por tudo isso, devemos ter em mente que o instrumento principal desta fase do encontro catequético é a Bíblia Sagrada, não há como negar esta certeza. Intimidade só é encontrada quando conhecemos o outro e Deus se apresenta ao Homem de várias maneiras, mas particularmente na Palavra.


Voltar-se, portanto, ao Verbo, ao falar de Deus. Ensinar os catequizandos a pesquisarem as Escrituras, apresentar cada um de seus livros, despertar o interesse pela história do povo de Deus, criar laços de compreensão e afeto. Eis o papel do catequista no momento do JULGAR.

Aqui o cuidado que se impõe é, novamente, o de não transformar o encontro catequético em uma palestra sobre um trecho da Bíblia. Nossas impressões pessoais e nossos conhecimentos bíblicos são bem-vindos, mas o clima deve ser de partilha, não de aula. O catequizando deve participar, degustar a palavra e descobrir qual sabor dali extrai, quais respostas encontrou, quais perguntas surgiram a partir da leitura...

Vale lembrar que a catequese deve apontar para o ensinamento das leituras orantes, meditadas e contextualizadas. Devemos cuidar para que a Bíblia não se transforme em oráculo, o que acontece quando leituras supersticiosas e pontuais, sem uma visão total, são realizadas. Também precisamos estar atentos aos perigos da leitura fundamentalista, pois Deus nos deu a Palavra para iluminar e não para cegar nossas vistas! A luz deve guiar nossos caminhos e isso não acontece quando a voltamos para nossos olhos, já disse um querido sacerdote que conheço.

Finalmente, precisamos lembrar que nunca é cedo demais para o manejo da Bíblia. Por isso, brinco muito com meus catequizandos dizendo que o material escolar da catequese é a Sagrada Escritura. Não importa a idade, o momento do ILUMINAR deve ser realizado com todos os pequenos de posse de seus tesouros, o que deve mudar é o tamanho da passagem que será lida, a sua complexidade do texto ou como ele será meditado depois.

É isso! Espero que tenham gostado. No próximo post sobre o tema vou falar do meu momento favorito nos encontros: o AGIR TRANSFORMADOR.

Continuemos semeando amor!
Grande abraço, Lucyanna

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